A INSTRUÇÃO AOS IRMÃOS QUE
DEUS QUER OS TORNAR SÁBIOS DAQUILO QUE SERVE PARA A HUMANIDADE.
Certa vez ouvi dos lábios trêmulos de emoção e de olhos marejados de água de meu Irmão mais velho da Arte Real, com vinte anos na Sublime Ordem, uma expressão que deixou marcas indeléveis no meu coração. Num tenro abraço, sussurrava em meu ombro: Meu amigo, agora Irmão eu gosto de você! Os meus colegas não têm um Irmão como eu. Estas expressões foram repetidas mais de uma vez.
Falar é a única habilidade do homem para comunicação porque as palavras expressam o pensamento. O Venerável Mestre como líder, mais do que ninguém, necessita aprender a se comunicar, não só com os que estão ao seu redor, mas a Loja e às massas.
O sábio Salomão disse que “palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados pelos Mestres das congregações Maçônicas, que nos foram dados pelo único Mestre”- O Grande Arquiteto do Universo. Ele considerava a Como se pode constatar no Livro de Eclesiastes no Capítulo 12:12, o Livro dos Livros. sabedoria acima de qualquer outra coisa, como “pregos bem fixados”.
A ferramenta do Venerável é a Bíblia Sagrada e a Constituição, Leis, Decretos e Resoluções do Grande Oriente do Brasil, instrumentos que precisa ser bem manuseados. Muitos Irmãos têm fraquejado na maçonaria na pregação de nossa Ritualística por negligenciarem o estudo sistemático da Palavra de Deus – O Grande Arquiteto do Universo.
Estribando-se na falsa idéia de que a sua inspiração os levará suficientemente à orientação dos Irmãos. Triste engano! As profundas verdades incursas na Bíblia são descobertas e entendidas quando os nossos conhecimentos abrangem geografia, psicologia, história, sociologia, outras línguas e mesmo os nossos anseios espirituais.
Ademais, o Espírito Santo de Deus nos “faria lembrar”, princípio que depreende de uma aprendizagem anterior. Observando-se que a capacidade humana pode representar em conhecimento de todas as coisas as áreas, vemos que as bibliotecas não mais comportam os volumes da “sabedoria das mentes”. A maior biblioteca do mundo, por exemplo, tem mais de 20 milhões de livros, hoje.
Em1517, na Europa, ela tinha apenas mil livros. Na atualidade, milhares de livros são impressos diariamente, e a forma total de conhecimentos triplifica a cada década.
A velocidade de mudança está acelerada, cem vezes maior que a precedente. E o que temos feito para acompanhar essa aceleração? Quais são os nossos conhecimentos do mundo atual? Nossas pregações pertinentes a Maçonaria são superficiais como o rio em época de seca, assim como temos observado no Nordeste ou são cheias de riquezas como as águas profundas dos mares?
E o que dizer de muitos Irmãos que estagnaram no tempo e no espaço? Contenta-se apenas com a simples leitura, sem reflexão, de alguns versículos bíblicos que ajudam na compreensão de nossa RITUALÍSTICA MAÇONICA, quando o tempo lhes permite, para extrair algum alimento para os Filhos do Senhor nosso Pai.
Além das Escrituras Sagradas de qualquer religião ou Seitas, nossa única regra de Fé, sem dúvida alguns outros Livros deveriam ser lidos por no decorrer do mês.
Ao final do ano, nossa gama de conhecimento seria recompensada com os resultados de nossos ensinamentos. Os Chineses dizem que eles são “aqueles que conhecem a frente das outras pessoas”.
A instrução nos torna sábio. E o sábio sabe daquilo que o povo comum não sabe. SAMUEL tornou-se um Profeta, e Profeta é aquele que sabe o que vai acontecer no futuro.
O Venerável Mestre está à frente dos demais Irmãos e deve manter-se num processo rigoroso de abservar o conhecimento, aliado à ritualística e a meditar sobre o seu cumprimento de acordo com o Ritual.
Reconhecemos, entretanto, que alguns Irmãos Espirituais e iletrados, porém, consagrados e cheios do Espírito Santo, admiravelmente têm sucesso na pregação das entrouxes da ritualística maçônica. O auxilio destes vem quando há uma perfeita comunhão com o Grande Arquiteto do Universo, e homens simples fizeram parte do Quadro de Apóstolos de Jesus Cristo e viveram entre os Essênios.
Contudo, a incapacidade intelectual destes não significa autoridade sobre o nosso despreparo voluntário. O Venerável Mestre que tem o seu diploma certamente está mais bem preparado para continuar os seus estudos maçônicos e teológicos.
Se pensar que não precisa estudar mais, vai-se esquecendo muito do que já aprendeu, perdendo gradativamente uma parte do cabedal de sua cultura, enquanto o Venerável Mestre que não teve a vantagem de fazer estes cursos vai comprando bons livros e estudando assiduamente, tornando-se finalmente mais eficiente na Venerança de uma Loja do que um Irmão diplomado há muitos anos.
Em considerações anteriores abordamos sobre o uso do tempo de que dispõe os Mestres Maçons para ministrar a sua mordomia ou lazer, isto é controlar o horário em que deve trabalhar ou descansar. A falta de disciplina própria induz muitos Veneráveis Mestres, assim como muitos Irmãos ao pecado de omissão, isto é, deixar de “fazer”, “dizer” ou “escrever”. Essa indisciplina é manifestada na alegação da falta de tempo. Argumento que tem justificado o insucesso de inúmeros deles.
“O termo “remir” significa “pechinchar”, ou “aproveitar” as oportunidades”. Isto nos mostra que o tempo é muito precioso e valioso e que não pode ser desperdiçado como alguma coisa sem valor. Por ser o tempo irreversível, se o perdemos, o perderemos para sempre se não houver pleno cuidado. Não podemos esquecer a volta do Messias que estava e estar incrustada na mente de todos os Cristãos o que na Antiguidade se chamava de “PAROUSIA” era que encarnada no CRISTIANISMO PRIMITIV O como se ela pudesse ocorrer a qualquer momento, e isso anulava a esperança de uma prolongada dispensação da graça. Melhor dizendo a DISPENSAÇÃO: era um período de tempo entre os Cristãos Crente em Jesus, que se fazia experiência quanto a sua obediência a alguma revelação especial da vontade de Deus – O Grande Arquiteto do Universo. Motivados por isso, cada momento lhes era precioso e precisava ser apropriadamente empregado, ou seja, muito tinha a ser feito no desenvolvimento espiritual do povo para aguardar o segundo advento da chegada do Filho de Deus, como estamos esperando até hoje. Os dias eram maus e, por isso, era preciso “remir” o tempo, não perder o precioso tempo.
Se há dois mil e Onze anos essa esperança ardia nos corações dos Cristãos primitivos, como em Jerusalém, cujos crentes “perseveravam unânimes todos os dias no templo, conforme nos mostra o Livro de Ato, muito mais as oportunidades do presente deveriam ser utilizadas de tal maneira que todo o nosso tempo em prol da obra fosse preenchido.
É bem verdade a indolência espiritual tem caracterizado muitos e que também tanto Veneráveis Mestres no cumprimento de seus mandatos maçônicos, deixando-se levar pela preguiça e sonolência espiritual o que tanto combatemos nos Templos por onde temos passado.
Este é o sono de que fala Paulo aos romanos: “E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do SONO, Ele sabia o momento de reiniciarmos as atividades. Vide Rm 13:11. Isto nos dá a entender um estado de estupor, aquele estado inconsciente do qual o Irmão sai apenas por meio de uso e de estímulos artificiais ou de indiferença para com as realidades espirituais, “atitudes errôneas essas que caracterizam até mesmo muitos crentes”.
Devemos um pouco de sono, adormecendo um pouco, encruzando as mãos outro pouco, para estar deitado são aconselhados pela Escritura Sagrado de todas as religiões, Pv 24:33. Este é um perfeito processo de indolência, lento e seguro, mas que traz como conseqüência nos levar a pobreza intelectual.
“Se reconhecermos que o nosso tempo, com tudo o que temos, pertence ao Senhor, compreenderemos que lhe furtamos as horas desperdiçadas” em coisas fúteis e não nas que permanecem eternamente. Devemos compreender que o “tempo” é a nossa principal mercadoria. E é exatamente com ela que devemos negociar comprá-la toda e usar cada porção adequadamente. O tempo é aquilo que depende da eternidade; dentro do tempo é que nos convém obter preparação para o reino do Grande Arquiteto do Universo. Se não obtivermos tal preparação em tempo, a nossa ruína será inevitável.
Reenfatizarmos o que Paulo disse, devemos conhecer o “tempo”. São unidades que medem o tempo, isto é, os segundos, os minutos, as horas, os dias, etc., e a essência do próprio tempo é a divisão que aquele Apóstolo nos quer ensinar, e vem a se tornar muito importante.
Na nossa vida, o tempo é representado pela duração de um evento a outro, e como Seres Humanos estamos limitados ao tempo: nascemos, vivemos e morremos dentro do tempo.
Não nascemos no Século XVIII e não viveremos no Século XXII ou XXIII. Se estivermos num estado de sono, o tempo não existe. Se não tivermos mente, não teremos tempo. Por outro, se estivermos acordados, estaremos despertados.
E quanto ao passado, àquilo que deixamos de fazer? Agostinho, o Santo, disse que ele já se foi e apenas se encontra em nossa memória, em nossa lembrança.
Meu Irmão Lourival Pedro Kaled, diga isto aos nossos Irmãos em Loja e suplique para que eles não esqueçam esta recomendação que vem de longe para todos os Maçons, ainda existentes, na face da terra que o Grande Arquiteto nos deu como hospedagem temporamente.
Se tivermos amnésia, o passado será apagado, não haverá lembrança dele. Como o passado, disse ainda o Santo Agostinho, o “futuro também não existe”, porque se não veio como existe? Ele é o tempo que ainda não chegou e existe somente na nossa esperança e no nosso desejo.
Para existir o futuro, temos que ter um planejamento, e o planejamento estar no presente, isto é, nos acontecimentos que estão se passando; devemos conhecer a importância do tempo físico e sentir a urgência da hora e do planejamento de nossa vida, usando “cada porção” adequadamente.
O nosso Grande Arquiteto do Universo, em três anos de tempo, fez a vida mais produtiva de todos os tempos. “Na declaração de João nosso Padroeiro, o Apóstolo do Amor, vê-se essa verdade expressa: e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem”.
Notem-se meus Irmãos que em Lima, Capital do Peru, existe na Biblioteca do Museu 25 mil livros em vários idiomas, e se juntarmos os existentes em todas as bibliotecas do mundo quantos teríamos? E se nos conscientizarmos que a nossa vida é finita, certamente produziríamos muito mais.
Temos conversado com meu Irmão e amigo Carlos Fabrício Ratacheski, sempre que nos encontramos em Loja e fora de Loja a respeito de fatos desta natureza e ele sempre mentaliza o diálogo proferido.
Voltamos a nós mesmos e, perguntamos que tipo de planos nós temos ou quais têm sido nossos objetivos nos dias de hoje? Passamos o nosso tempo a nos lembrar do que fazemos no passado e nos esquecemos que ainda há pouco tempo para planejar o nosso futuro. Segundo a Profecia dos Grandes Profetas devemos estar despertados para o tempo e fazer alguma coisa, estudar. Despertar para o tempo e fazer alguma coisa que Deus determinar. Ou então tu que dormes com o Sono da negligência, do teu próprio preparo intelectual e espiritual, acorda porque o tempo, que já não é mais, passou!
Nós passamos, o tempo passa e torna a nos chegar. Mas há alguma coisa no mundo que jamais envelhece: a Palavra de Deus. Nenhuma concepção humana jamais tronará velha a Bíblia e os Regulamentos sérios da nossa Sublime Ordem, para aqueles que estão interessados na cura das ALMAS, dos espíritos de nossos Semelhantes, porque o Grande Arquiteto do Universo é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Segue em Paz Meu Irmão Lourival KALED, não se esqueça de dizer aos meus Irmãos do SUL o que escrevemos neste momento às 12:00hs: “Jesus Cristo, sempre que duvido da vida penso em ti... Para mim, tu nunca envelheces. O Século passado é velho, o ano passado é velho, a passada estação tem um aspecto obsoleto; porém, tu não és obsoleto. Estais emparelhado com todos os séculos, ou antes, vais adiante deles, como a ESTRELA. Eu nunca alcancei, por moderno que seja”.
Meu Irmão Kaled, todos notamos que és um Irmão de viva voz e eficaz, a Palavra de Deus está contigo, és como uma nova manhã. Ela só poderá tornar-se velha se as “experiências espirituais e as necessidades do gênero humano não mais se encontrassem refletidas no LIVRO SAGRADO que em todas as Sessões estar diante de Nós, e nem fossem satisfeitas pela graça de Deus – O Grande Arquiteto do Universo.
Meu Irmão Maçom de todas as jornadas, siga em frente a nossa ferramenta é o Livro Sagrado e os Regulamentos de nossa Sagrada Instituição Maçônica em todos os Recantos do nosso Planeta. Se devemos conhecer o tempo e, se os nossos tempos estão nas mãos de Deus, sentiremos, certamente, a urgência da hora e do planejamento de nossa vida. E “este dia está a muitas milhas de distância”
Ir .’ .Manoel Norberto-33ºc
Mestre Instalado
Grande Secretário de Orientação
Ritualística
GOERR.
Membro Efetivo da Augusta Benfeitora e Respeitável
Loja Simbólica 20 de Agosto nº 1.818 do Oriente de
Boa Vista-RR.
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