O SINO E AS DOZE BADALADAS
NO RITO ADONHIRAMITA.
ORIGEM.
O Sino se constitui num magnífico Arcano Místico e
Esotérico, sendo grandemente utilizado em Atividades Religiosas e Cerimônias das Fraternidades Iniciáticas.
Por esse motivo, a criação do Sino é atribuída aos egípcios, visto que através do mesmo seus sacerdotes anunciavam as importantes Festas Religiosas e Iniciáticas de Osíris. Assim o Som do Sino simbolizava O Poder do Criador.
Conforme as Antigas Civilizações sobre o Sino têm-se na:
Índia – era o Reflexo da Vibração Primordial.
China – representa a ‘Harmonia Universal’,
Grécia – na mitologia era símbolo do ‘Deus Priaqpo’, e em Atenas
Os ‘Sacerdotes dos Grandes Mistérios de Prosérpina e de Cibele só executavam os sacrifícios ao som dos ‘Sinos’, formalizando seus ‘Mistérios’,
Roma – os utilizava em suas ‘Procissões Religiosas,
Japão – os feitos em bronze e chamados ‘Dakatu’, conhecidos desde 300 anos de depois de Cristo, sendo encontrados na entrada dos Templos, e quando soam os fiéis oferecem uma moedinha, batendo palmas duas vezes, esperando ter seus desejos realizados.
Tibete – nas Antigas Iniciações o Candidato levava na mão direita um Anel de Ouro e a ‘Vara de Vajra’, e na esquerda um ‘Anel e uma Sineta de Prata,
Cristianismo – É a voz de chamamento dos fiéis à Igreja, convidando-os à missa, era executado em Prata para gerar o som ‘Argênteo ou Argentino’ como é conhecido, e assim faziam por não ser estridente o som, cuja suavidade era distinguida só pelos Cristãos da época, que fugiam das perseguições religiosas.
Budismo – detém seu sentido no ‘Exorcismo e na Purificação,
Islã – tem o som sutil da revelação do ‘Alcorão – do Poder Divino na existência, pois a percepção de seu ruído dissolve as limitações temporais, tal qual o ‘Canon Budista’ que dizem semelhante às ‘as vozes Divinas’ ao som de um ‘Sino de Ouro’.
Quando o Sino está instalado suspenso, esse posicionamento traz em si uma Relação Mística, pois, conforme essa instalação, logicamente seu som passa a envolver a todos como estando Entre o Céu e a Terra, e estabelecendo uma comunicação de Ofício Religioso, quer seja através de Seitas Religiosas ou Iniciáticas.
O Culto do Sino em muitas Civilizações Antigas era utilizado no sentido de conclamar todos os Seres Humanos, e também os sobrenaturais. Portanto, o Sino tornou-se o Símbolo do chamamento de Deus – O Grande Arquiteto do Universo.
No Oriente os Sinos são golpeados por fora com um bastão, enquanto nos seus Carros de Gala eram ali pendurados para anunciar a presença do veículo, até porque a palavras ‘Sino – Chung’ significa ‘Passar por uma Prova’.
Para os Alquimistas, o Argentum deriva de Prata, que tem sua cor própria, assim,, o adjetivo Argentino deriva de Argênteo, por ter um timbre fino como o da Pratica, e por isso as pancadas no Sino produzem sons que alquimistas qualificam como um Som Argentino, que em latim seria Batuculum.
A palavra Sino tem origem no latim, que seria um Instrumento de Bronze, cuja forma se assemelha a um vazo cônico invertido, produzindo som agudo e grave quando lhe é exercida a percussão através de um badalo, que é uma peça móvel de metal suspensa por uma argola colocada no interior dos Sinos.
Nos primórdios da Religião Judaica, o seu Grande Sacerdote ostentava trajes cerimoniais, tendo a túnica guarnecida com pequenos Sinos de Ouro e Romãs, que tinham a finalidade anunciar sua presença no Santo dos Santos, além de evocar as Divindades, pedindo suas Graças para si e seu povo.
No Ritual e Culto dos Sinos da Antiguidade, que antecederam seu uso mais profano, acreditava-se que o som de metal dos Sinos anunciava a aproximação de Espíritos do Além. Nos Ofícios da Igreja Católica os Sinos passaram a ser utilizados a apartir do Século VII, pois seu som era considerado como a Proteção Coletiva Contra Influências Malignas Astrais, e também eram usados nos casos de incêndios, tempestades, encerro. Porém, quem os introduziu no Culto da Igreja foi Paulino, Bispo de Nola, durante o Século I, mas só foi oficializado no Século VII.
Antigamente, na Maçonaria o Sino era de uso comum nas Cerimônias das Lojas Simbólicas, a fim de anunciar A Hora de seus trabalhos, e o Rito Adonhiramita procurou coexistir com seu uso jamais perdendo a tradição dos antigos, assim como, a Tradição Religiosa, e os Costumes Iniciáticos dos Mistérios.
O Irmão Damásio Douglas Nogueira, sendo um dos antigos no Rito e ao mesmo tempo um dos mais modernos, poderá explicar melhor o pensamento Norbertiano. A respeito do tema.
As relações do Argentum como metal luminar, inclusive a Lua na Coluna do Aprendiz, se aliam com o som do Sino Argentum, e por isso, a Grande Loja da Inglaterra aconselhava que as Jóias portadas pelos Oficiais fossem de cor Prata, por ser um metal Argenteo e representar os sons dos Sinos. Razão pela qual chamamos a atenção para a cor dos Paramentos dos Irmãos do Rito Adonhiramita.
A fim de complementar a Doutrina do Som, que não se refere somente ao Sino, mas que possui uma maior abrangência, incluído o Mundo propriamente dito. Então, pode ser entendido que o Som é uma Ciência Esotérica, a ensinar que, cada Som no Mundo visível, faz despertar o Som nos reinos inviáveis, impelindo a ação de outra força no lado oculto da Natureza, e, além disso: cada Som corresponde a uma cor, um número, uma Potência Espiritual, psíquica ou Física, em sensações de mesmo plano.
Assim, todos encontram Eco em cada elemento desenvolvido, assim como, no plano terrestre nas vidas compostas na atmosfera, inclinando-as à ação. A Escritora Helena Blavtsky em sua Doutrina Secreta, cometa que, o Som tem grande oculto, uma força estupenda potencial, que determina som esotérico e espiritual, que pode reviver o moribundo ou alguém a exalar o último suspiro, cujo Som lhe comunica vigor e energia, isto porque o engendra ou atrai os elementos que produzem o OZONE, cuja fabricação está acima do poder da química, está no poder da Alquimia., e acrescenta a Escritora: Cada Som no Mundo Físico, reflexa nos planos sutis e invisíveis da Natureza, bem como no Mundo Visível e Invisível. Considerando a obra a que nos estamos referindo, temos a esperança de que os Irmãos nos brindaram com outros trabalhos de igual ou de melhor mérito. A Maçonaria lhe será sempre agradecida.
Pela Ciência dos Números, e como determina a Ritualística do Rito Adonhiramita, as 12 (doze) horas da Meia-Noite, pois este Simbolismo teve origem nos Mistérios Persas, Egípcios e Pitagóricos.
A Ciência dos Números, também chamada de Ciência Sagrada dos Números, que também possuía outras denominações, era ensinada nos Templos da Ásia e do Egito, e por se tratar de uma Ciência, torna-se importante ao estudo do Ocultismo, de vez que fornece as chaves dos
Sistemas Esotéricos, tanto que a Chave dos Números é aplicada na Bíblia.
O Filosofo grego Platão considerava como o Alto Grau de Conhecimento a Ciência dos Números, interpretando-a como a essência da Harmonia Cósmica e Interior.
Existem vestígios da Ciência no I-Chig, e o historiador chinês P, ’ na - ku situa a origem da mesma na família Hi - ho, à época do Imperador Yao, ,por representar a Tradição Primordial.
A China entende essa Ciência como sendo tudo, isto é, seria considerada a Chave da Harmonia do Marco e do Micro, em conformidade com o império das Leis Celestes, assim como dos Ritmos Cósmicos.
A Ciência dos Números foi muito familiar aos Pitagóricos, podendo-se vê-la em quase todos os estudos desenvolvidos por sua Escola, chegando a associarem à Mística e Arquitetura, além de advir desses estudos a utilização do Número de Ouro, reconhecido como a Chave das proposições dos Seres Vivos.
Sobre o assunto, vários estudiosos diziam que Boécio assegurava que os ‘Conhecimentos Supremos’ passavam pelos Números, Nicola de Cusa, que o melhor para chegar-se às ‘Verdades Divinas’ eram os Números.
Para Sãn Mariano os Números são os ‘Invólucros dos Seres’ que regulam a Harmonia Física, com as Leis Vitais, Especiais, além de ser a ‘Relação dos Princípios’. Como útil recomendação valeria citar que não deve empregar os Números intempestivamente, pois estes têm uma severa Força Desconhecida, até porque o Número é o ‘Segredo dos Mistérios’, sendo o Produto da Palavra e do Signo, pois é essencial e mais misterioso que seus componentes.
Sabe-se que o Número 12 (doze) representa:
O Símbolo do Apostolado;
O Principio do Movimento Expansivo,
A Consumação das Coisas,
O Sacrifício Voluntário e o Altruísmo,
A divisão do espaço temporal que gera os Pontos Cardeais, e no Plano Espiritual significa o Apostolado do Sacrifício Momentâneo Superior, a fim de involucionar o Inferior para o Bem, que se realiza no Plano Mental e significa a própria representação da Criação Mental.
Para o nosso bem ficamos ciente que no Plano Físico representa a consumação das coisas e inversões dos valores do Mal para o Bem, sendo que tal posicionamento é a razão das 12 (doze) Baladas do SINO, soando em vibrações Argentinas, por exemplo, no Ritual Adonhiramita.
Boa Vista-RR, abril de 20011.
Ir. ‘.Manoel Norberto-33º
Mestre Instalado.
Grande Secretário de Orientação Ritualística.
G O E RR.
Membro Efetivo da Augusta Benfeitora e Respeitável
Loja Simbólica 20 de Agosto nº 1.818
Bom Dia !
ResponderExcluirEncontramos no vosso blog um interessante trabalho sobre o sino e seu simbolismo.
Que há muito procurávamos.
Obrigado e continue postando trabalhos intessantes.
SSS
Teixeira
Obr.Trento-SC