quinta-feira, 5 de agosto de 2010

HÁ CIÊNCIA NA MAÇONARIA, PORTANTO, DEVEMOS SABER PORQUE EXISTE.

Folheando a Obra conhecida como CARTILHA DO RITO ESCOCÊS da lavra do nosso Irmão Raimundo Rodrigues, grande Mestre e escritor, editada pela Editora Maçônica “A trolha” Ltda. Vamos verificar que é difícil encontrar nos meios maçônicos alguma coisa que tenha despertado tantas discussões, tantas polêmicas, como no Rito Escocês Antigo e Aceito. Discute-se a origem, discute-se a época em que apareceu. Discute-se o que pode ser discutido e discute-se até o que não oferece base para discussão.

Tudo isto meus irmãos verão nesta obra que estou indicando para enriquecer seus conhecimentos. O certo é que o Rito Escocês nasceu na França com a MAÇONARIA Stuarista. E é, o segundo mais usado no mundo, perdendo apenas para a Emulação, que os muitos irmãos o conhecem pelo nome de York; todavia, no Brasil é o mais aplicado.

A Maçonaria é Universal, e, portanto, adogmática. Daí a razão principal da diversidade de seus Ritos e tradições. Seu escopo principal é o aperfeiçoamento do homem, porém, a este cabe, exclusivamente, a escolha dos métodos mais compatíveis com sua natureza para buscar o seu aprendizado. Isto, porque ela é também dogmática.

Embora saibamos que o Dogmatismo aqui empregado é diferente daquele que se usa na religião. O dogmatismo é o conjunto dos dogmas, os quais são considerados pelo menos nas Igrejas cristãs, e em particular no catolicismo com proposições pertencentes à palavra de Deus e propostas pela própria Igreja. Enquanto, que na Maçonaria, funciona como a doutrina que serve de ligação para levar o Ser humano à Divindade.

Meus Irmãos não podem nos esquecer que falamos que a Maçonaria, também é adogmática. Como é adogmática se ela tem por finalidade fazer o profano a acreditar no SER SUPREMO. Mas quem é o SER SUPREMO? Eu mesmo respondo: o SER SUPREMO é o Criador de tudo e todos – É Deus. Logo o adogmatismo está inserido na corrente do dogmatismo. As duas correntes nos levam o Deus.

O “A” do grego que indica a negatividade no vocábulo ADOGMÁMTICA, não nos serve neste caso, ora em estudo; então as duas correntes dentro da doutrina nos levam ao Filho unigênito.
Esses métodos podem ter cunho religioso, filosófico, artístico, científico, ou qualquer; são todos os caminhos, da Verdade e da vida. O que poderia ser injustificável ou incompreensível é o Ser Humano fora de um desses caminhos, o que equivaleria dizer, sem nenhum ideal a iluminar-lhe os passos ao longo de sua acidentada existência terrena.

Diante do exposto, e, dando continuidade no assunto vamos verificar o seja as prova ou provação dento daquilo que é realizado para medir a resistência nervosa, os sentimentos e, o destemor do que será provado.

A primeira prova é denominada “da terra” e constitui a “primeira viagem” Viagem simboliza o emblema da vida humana, o rumor e as paixões que agitam a vida, e os obstáculos que nas dificuldades o homem encontra e não pode vencer a não ser conquistando aquela energia moral que permita lutar contra a má fortuna e, graças à ajuda encontrada junto aos seus semelhantes.

A segunda viagem denomina-se “da água” nesta viagem e3ncontramos menos obstáculos; esses desaparecem quando o homem persiste a caminhar sobre o Sendero da virtude; todavia, ainda não está liberto dos combates.

A terceira viagem é denominada de “prova do fogo”. O Candidato possa por uma prova de fogo que o deixa limpo das impurezas, ocasião em que deixa o seu coração do inflamado de amor para com vossos semelhantes, e, possa caridade presidir vosso futuro, vossas palavras, e, vossos atos. Quando se recomenda que jamais esqueça que o preconceito só faz o mal, portanto, não fazeis aos outros aquilo que não desejais que fosse feito a vós mesmo; e aprender o outro conceito maçônico: fazei aos outros todo o bem que desejares que os outros vos fizessem.

A Ordem Maçônica na qual pedis ser admitido poderá, talvez algum dia pedir-vos que derrameis vosso sangue pela sua defesa e pela dos vossos irmãos; se vos sentis apto a fazer tal sacrifícios devereis firmar o juramento que ides prestar, com vosso próprio sangue.

Esses ensinamentos constituem parte sigilosa que o Neófito não poderá comunicar a nenhum profano. Lembramos, ainda, que a idade do Neófito é de três anos. Esse número é fatalmente simbólico e aparentemente colide com a Iniciação, pois o iniciando, após a estada na Câmara de Reflexão, surge como sendo recém-nascido; seria incongruente que um recém-nascido passasse a ter três anos de idade. A criança com essa idade, cientificamente, já possui formação completa e está apta para o crescimento; o passar dos anos significa freqüentar uma escola. Escola da vida onde surge o aperfeiçoamento. Esse “disparate” não é considerado, pois tudo é simbólico e, para o Maçom, tempo e o espaço não existe. Essa idade de três anos, o Aprendiz manterá durante o seu aprendizado, mesmo que perdure mais de um ano; a idade maçônica dá saltos e o Aprendiz quando elevado a Companheiro, terá outra idade, ou seja, dois anos a mais; e, ao atingir o Mestrado, terá sete anos ou mais; evidentemente uma idade simbólica; o setenário abre porta para a velhice.

Assim, chegamos à conclusão que os quatro elementos existentes e cultivados pelos antigos Maçons são reaviados e representados pela Câmara de Reflexão como sendo a Terra, a Câmara onde não penetra o Sol, e a escuridão conduz à reflexão, pois a ausência da vida simbolizada pelo ocaso do Sol traz solidão e tristeza; o profano, ora Candidato e Recipiendario, sente que é constrangido a viver na Terra, como sendo sua última moradia.

A prova da Terra desperta na memória do Candidato as suas tribulações, os momentos de enfermidades, de crise, de agonia, do peso que suporta para viver; a experiência dessa vivência na Terra finda com a Iniciação, pois a Iniciação é que lhe trará a Luz. Já que acabamos de falar da primeira viagem, permitam-me falar das demais que são, ainda mais, palpitante para deseja seguir o caminho do Criador da Luz.

A segunda prova surge da primeira viagem, a do Ar juntamente com a Terra; Galileu Galileu foi o primeiro a descobrir que o Ar tinha peso e, Evangelista Torricellli comprovo; o Ar é elemento indispensável para toda natureza. Enquanto a terceira prova, é a viagem da Água, que é o elemento indispensável à vida, da qual os oceanos constituem os depósitos. Na atmosfera, está o grande manancial que umedece a Terra com o constante orvalho noturno, bênção dos Céus, como sugere o Salmo 133.

A terceira viagem tem como centro o Fogo, considerado potência universal e inteligente, fonte de toda criação; segundo Lavoisier, o fogo não seria, apenas, um elemento da Natureza, mas o complexo efeito de combinações e de movimentos; o fogo contém dois elementos: calor e luz.

O Avental e sua insígnia: sem ele ninguém poderá adentrar no templo maçônico, pois ele representa o instrumento protetor do trabalhador; o Avental protege da natureza dos elemnetos trabalhados, em especial das arestas que saltam da Pedra Bruta. Para a proteção total, o Aprendiz ergue a abeta do Avental; evita que seu corpo se molhe na umidade e se macule com a sujeira deixada pelo manuseio dos materiais de construção.

Finalizando temos as Luvas. As Luvas são protetoras das Mãos; o segundo par de luvas recebido é destinado à mulher que o Maçom mais estima, fazendo dela a companheira nas tarefas de construção na Lar. Essas Luvas não podem ser manchadas pelo vício e pelo pecado, devem permanecer puras, pois o trabalho será honesto e destinado ao sustento seu e da Família. Além do Avental, das Luvas e das Instruções, o Aprendiz recebe do Venerável Mestre, dentro do Templo, como complementação, o Tríplice abraço dado de forma maçônica. Esse abraço é sinal público que a Loja recebe com afeto o novo membro. No mundo profano, quando um Maçom encontra outro, são trocados esses abraços, recordando, com isso, a Iniciação e, que a união existente entre os Maçons é perene.

Meus Irmãos não esqueçam que o Caminho para a vida só existe um e, nome Dele é Deus - O Grande Arquiteto do Universo.


Até a próxima oportunidade, se assim o Senhor dos mundos permitir.










Boa Vista-RR, Maio de 2010.






Irmão. Manoel Norberto -33.
Mestre Instalado
Grande Secretário de Orientação Ritualística
GOERR.
Membro Efetivo da Augusta Benfeitora e
Respeitável Loja Simbólica 20 de Agosto.
Oriente de Boa Vista-RR.

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