A MAIOR AUTORIDADE DE UMA OBEDIÊNCIA
OU POTÊNCIA MAÇÔNICA NO BRASIL.
Folheando a Obra do Irmão José Anselmo Cícero de Sá, Escritor e Pesquisador de assuntos maçônicos, tendo em vista que muitos Irmãos Maçons, não conhecem as suas atividades maçônicas na prática e muitas vezes teoricamente, tendo em vista não terem tempo para dedica-se aos estudos, e nem tampouco, incentivo para o qual.
É o motivo que me leva a me alongar na apresentação deste pequeno trabalho, simplesmente, para ajudar e, ainda, rogar a Deus que minha iniciativa sirva como explicação para que todos saibam mais sobre o que deve saber sobre nossas atividades.
Esta é a razão pela qual não devemos nos furtar de externar o que pensamos sobre a vontade que temos que todos os Irmãos procurem entender o que fazem e porque fazem.
É difícil não encontrarmos nos meios maçônicos alguma coisa que não tenha despertado tantas discussões, tantas polêmicas, como na Sublime Ordem Maçônica Universal. Discute-se o que pode ser discutido e discute-se até o que não oferece base para ser discutido.
Porém, inicialmente vamos procurar entender o que é um Grão-Mestre, e, quais são as suas atividades no Grande Oriente. O Grão-Mestre é a mais alta autoridade de uma Potência ou Obediência Maçônica, merecendo um tratamento especial.
No Grande Oriente é tratado de Eminente, já nas Grandes Lojas de Sereníssimo. O Maçom para ocupar este cargo deve ser possiudor de uma farta bagagem de grandes e importantíssimos conhecimentos maçônicos, sendo escolhido democraticamente por toda a irmandade em um pleito com normas eleitorais.
Suas prerrogativas se encontram inseridas nos Landmarcks de número 4, 5, 6, e 8, assim discriminados:
No de número 4, consta que o governo da Fraternidade Maçônica é presidido por um Oficial denominado de “Grão-Mestre”.
No de número 5, concede as prerrogativas de todas as reuniões maçônicas serem presididas pelo Grão Mestre, o que muito antes dos Landmarcks já era adotado. E mais com direito de ocupar o Trono, em todas as Sessões de Lojas de sua jurisdição, onde se fizer presente.
No de número 6, recebe poderes párea fazer concessões de licença para conferir Graus em tempos normais quando os Estatutos Maçônicos exigem um estágio de um mês ou mais, entre a proposta e a recepção de um candidato, porém, o Grão-Mestre tem poderes para dispensar esse prazo e permitir a Iniciação de imediato.
No número 7, tem prerrogativas para fundar Lojas, conceder a um número de sete ou mais Irmãos Maçons, o privilégio de se reunirem com o propósito de conferir Graus.
Essas Lojas temporárias denominam-se “Lojas Licenciadas”. Que são criadas pelo Grão-Mestre, tendo duração até quando ele achar necessário.
No de número 8, o Grão-Mestre tem a prerrogativa de formar as “Lojas Convencionais”, as quais são temporárias, com o escopo de realizar uma Iniciação de Candidato, como por exemplo, de um Profano que esteja, comprovadamente, nos últimos momentos de vida e que só queira morrer depois de Iniciado na Ordem; para isso, o Grão-Mestre convocará seis Irmãos e, depois do ato realizado, dissolverá a Loja, não deixando registros como nos demais casos.
O CARGO DE GRÃO - MESTRE ADJUNMTO.
O Grão-Mestre Adjunto não é uma figura decorativa, pelo contrário, é uma importante função no Grão-Mestrado, portanto, ele deve esta à altura da competência do Grão-Mestre, para em caso de impedimentos ocasionais deste, substituí-lo.
Tem para o seu labor um Gabinete no Grão-Mestrado para os Despachos de seu expediente e deve estar sempre alerta, ajudando ao Grão-Mestrena na sua Administração.
A atuação do Grão-Mestre Adjunto deve ser bem ativa, sempre colaborando com todos os Maçons que lhe procurem solicitando soluções para os seus problemas tanto maçônico como particulares.
CARGOS EXISTENTES NAS LOJAS SIMBOLICAS.
EXPLICAÇÂO NECESSÁRIA.
Venerável.
O Venerável Mestre é o Presidente da Loja Simbólica e para dirigir os trabalhos senta-se no Oriente da Loja, na cadeira de centro, denominada de “Trono de Salomão” que fica sob o Pálio, portando Malhete, com presumida sabedoria, de grandes conhecimentos da doutrina maçônica e ritualística.
Para que se possa chegar ao Trono de Salomão, é necessário subir sete degraus, sendo que os primeiros simbolizam a Força, o Trabalho, a Ciência e a Virtude, e os três últimos representam a Pureza, a Luz e a Verdade.
A Maçonaria simbólica tem sua direção centralizada no Grão-Mestrado de cada Oriente, com Lojas subordinadas a uma Obediência. Uma Loja Maçônica é uma pequena célula da Maçonaria de cada Obediência podendo possuir grande número de Lojas, as quais devem se esmerar dando um bom trabalho para o engrandecimento de toda a Instituição.
O Veneravel, por ser o dirigente da Loja, representa Zeus – Júpiter- pela Sabedoria que lhe é atribuída, assemelhar-se a Minerva - deusa da sabedoria-, por seu comando exigir muita prudência para conduzir os Obreiros da Loja.
Ao terminar o tempo de seu mandato, toma a denominação de “Past-Master”, ou seja, Mestre Passado, ou Ex-Veneravel. Essa denominação para um Maçom é de suma importância por que embora não seja mais Veneravel, indica que já foi, tendo sentado na Cadeira de Salomão, caracterizando com isto ser Mestre Instalado.
Logo que deixar a Venerânça é também considerado Veneravel de Honra, imediato ou recente, passando a tomar lugar na Poltrona à esquerda do Venerável Mestre de Ofício, desde que o Grão-Mestre ou o Grão-Mestre Adjunto não esteja presente.
Também todos os Veneráveis Mestres têm o direito de sentarem-se no Oriente, desde que não estejam investidos em outro cargo da Loja.
1◦VIGILANTE.
O 1◦ Vigilante representa a Força e Áries (Marte), a deusa da agricultura e da guerra e é também símbolo de Hércules, cabendo a ele, na ausência do Veneravel Mestre, abrir a Sessão e substituí-lo.
Para ocupar o cargo de 1◦ Vigilante, é muito importante que seja um Irmão que realmente tenha um grande conhecimento da doutrina maçônica, não só por ter de dar instruções, como também de auxiliar ao Veneravel observando-o em caso de possíveis omissões na prática do Ritual e manter vivo o que preceituam os Landmarcks e os Regulamentos.
A Jóia de seu cargo é o Nível Maçônico, o qual é formado por um Esquadro de hastes iguais, descendo do seu ângulo uma perpendicular. Este instrumento serve para traçar linhas da posição horizontal, tendo sido definido por Ragon como:
O Nível simboliza Igualdade Social, base do Direito Natural, e a Perpendicular significa que o Maçom deve e precisa possuir uma retidão de julgamento que nenhuma afeição de interesses ou de família deve impedir.
Suas instruções limitam-se aos Companheiros, devendo o Aprendiz receber luz através do 2◦ Vigilante, o que é uma hierarquia que deve ser bem obedecida.
O 1◦ Vigilante fica localizado ao lado da Coluna Salomônica B, à esquerda de quem entra no Templo e em cima de dois degraus, os quais simbolizam a Virtude que leva à perfeição e a Fortaleza, sendo o portador do 2◦ Malhete, que significa poder, autoridade e força.
2◦ VIGILANTE.
O 2◦ Vigilante, ao assumir o cargo da Loja, recebe a sua Jóia, que é o Prumo, que representa a pesquisa da verdade, Símbolo das alegorias e de elevação das qualidades pura da Maçonaria, no sentido de ir em direção à espiritualidade.
O 2◦ Vigilante simboliza Afrodite (Vênus), deusa do amor e da Beleza, e é o dirigente da coluna da Beleza, postando-se ao Sul, no lado, e no meio da Loja, tendo o seu triângulo colocado sobre um degrau. Deve ser compreensivo, orientando e desculpando as pequenas faltas dos Obreiros, angariando sua confiança, para que receba confissões por saberem que as faltas serão corrigidas de acordo com a “perpendicular”.
Leciona Oswald Writh que o 2º Vigilante é a Dignidade cujo Malhete apenas bate pacandas instrutivas, é o examinador do Aprendiz que ambiciona passar da Perpendicular ao Nível, ou, por outras palavras, ser admitido na aprendizagem, no Grau de Companheiro, da fase de formação preparatória, a de um exercício igualitário remunerado.
O 2º Vigilante, juntamente com o Venerável e o 1º Vigilante administra as instruções aos Aprendizes e Companheiros e de seu Triângulo onde o Sol passa ao Meio Dia, ponto mais iluminado do dia, dirige os trabalhos na Coluna da Beleza situada ao Sul. Seu Altar fica sobre um degrau que simboliza Virtude e Prudência, situado na parte lateral direita e no meio da Loja entre o Altar do Chanceler e a Coluna Salomônica “J”, que ostenta em uma de suas faces o Prumo, que é o seu símbolo.
ORADOR.
O Orador, também denominado o Guarda da Lei, senta-se em seu Altar no oriente em frente ao Altar do Secretário, e se distingue por ter prendido uma Jóia em seu colar (um “Livro Aberto”), representado que nada duvidoso ou escondido deve ter.
O Orador representa Apolo, deus do Sol, responsável pela guarda da lei e pelas oratórias; é também o símbolo da Luz e tem sobre os seus ombros grande responsabilidade no êxito da Sessão da Loja. Deverá ter conhecimento da Constituição Maçônica, Regulamento e Landmarcks para impugnar tudo que estiver irregular, até mesmo em atos do Venerável.
Por isso o Orador é considerado a consciência da Loja, devendo conhecer os cânones a razão, sendo à Luz que tudo clareia como o Sol, que no simbolismo representa o Orador, sendo a Quarta Dignidade da Loja.
O trabalho do Orador é de um modo geral de improviso e tem por função uma variedade de assuntos, como dar opinião resumida sobre todos os temas ventilados em Loja; saldar aniversariantes da semana, de Obreiros e seus familiares, como também os Irmãos visitantes (uma das condições dos Landmarks); reparar possíveis defeitos, interpretações erradas ou viciadas que verificar durante o transcurso dos trabalhos o que foi dito e, apresentar um assunto como lição, desde que não tenha sido apresentado por outro Irmão. Caso seja dada alguma interpretação errada de algum símbolo, o Orador deve procurar repará-la dando um findo correto, sem, contudo, usar de meios que possam melindrar diminuir ou menosprezar a quem o fez. O Orador tem a função de orientar ao apresentador do trabalho, no sentido de não se alongar muito, ser claro e conciso; ao ler, procurar ter boa dicção, com entonação de voz adequada; postura, gestos e inflexões coretos.
É conveniente que faça ver ao Aprendiz, que a sua tese deve ser algo que traga luz aos que assistam, isto porque a Maçonaria também é uma Escola que dar lições sobre costumes dos antepassados orientais, no sentido de aprimorar hábitos e principalmente o espírito, a fim de aproximar os Obreiros do ABSOLUTO ( plano mais elevado da espiritualidade).
O Altar do Orador fica no Oriente, mas sobre nenhum degrau, em virtude de não pertencer às três Pequenas Luzes que são o Venerável Mestre, o 1º Vigilante e o 2º Vigilante. Tem em uma das suas faces uma miniatura de um “Livro Aberto” que é o Símbolo do Orador, e sobre o Altar deve constar sempre um Candelabro de uma Luz, a Constituição da sua Potência Maçônica, o Regulamento Geral da Ordem e o Regimento Interno da Oficina.
SECRETÁRIO.
É um dos mais importantes da Loja, corresponde a ARTEMIS, que muitos conhecem como Diana, a deusa LUA, por refletir nas Atas que redige a Luz que procede do Sol, isto é, do Orador, que representa a “Virtude da Esperança”, sendo a Quinta Dignidade da Loja.
É uma função que muito se assemelha a uma memória, relembra as discussões anteriores que deve ter sido anotada com seus pronunciamentos que surgiram durante o desenvolver da Sessão, devendo ser claro, conciso e objetivo, sem se alongar com pormenores sem importância, anotando somente, para que em qualquer momento no futuro seja lido e relembrado.
Seu trabalho bem executado poderá formar a História da Loja, por esse motivo sempre deve estar atento para não perder uma anotação importante ao fazer a transcrição das Atas ou Balaustres.
Seu cargo é de grande importância na Loja, pois a qualquer momento da Sessão poderá solicitar a palavra diretamente ao Venerável, e sempre terá prioridade sobre qualquer outro Obreiro. Caso tenha um Adjunto, o que é muito importante, este deverá auxiliar-lo em todos os momentos e substituir-l- em seus impedimentos, desfrutando de todas as regalias do Titular. Quando pela ocasião da assunção do seu cargo, o Venerável Mestre deve orientá-lo, dizendo:
É vosso dever registrar em Balaustre, com imparcialidade e clareza, todas as ocorrências de nossos trabalhos, competindo-vos também fazer as convocações para as reuniões e as devidas à nossa Obediência. Lembrando-vos que das decisões tomadas deveis velar para que sejam executas, contribuindo assim utilmente para o desempenho e completo esclarecimento desta Loja.
Seu Altar está localidade no Oriente, junto à Balaustrada, no lado direito de quem entra no Templo e, em frente ao Altar do Irmão Orador. Em sua superfície é colocado um Candelabro de uma Lua e o Livro de Balaustres, ostentando como Símbolo em um dos seus lados duas penas cruzadas, Símbolo do Secretário que é o Escrivão, a Lua, e sua função lhe são semelhante, pois a Lua não tem luz própria, refletindo a luz de outros astros, e o Secretário só se limita a gravar o que se passa com terceiros. Estas são as Cinco Dignidades da Loja e, agora, seguem-se alguns cargos ocupados pelos Oficiais:
TESOUREIRO
É sabido que o metal, dinheiro, não é tudo na vida, mas na Loja é comparado ao sangue que circula nas artérias e veias do corpo humano, dando-lhe vida, pois as importâncias contabilizadas são o que proporciona a vida material da Loja. Por isso, o cargo de Tesoureiro é de muita responsabilidade e de grande importância para a vida da Loja, por ser o encarregado da arrecadação dos metais como donativo, quantias procedentes de Filiações e de Arrecadações, contabilizando o movimento de caixa.
O Tesoureiro é o responsável pelo pagamento de todos os compromissos da Loja e, por fim, elabora o Relatório (Balancete) para ser apreciado pela Loja em Sessão de Finanças.
Seu Altar é situado junto a Balaustrada, à esquerda de quem entra no Templo, no Ocidente, ao lado do Orador, em plano inferior. Em dos lados seus lados ostenta “duas chaves” como seu símbolos e sobre a parte superior do Altar, o material de escrituração da contabilidade e o “Saco” (Tronco Beneficente), o que simboliza a Virtude da Caridade.
O Venerável ao revesti-lo de suas insígnias lhe diz as seguintes palavras:
Esta Jóia lembra-vos que o vosso dever é zelar pela perfeita arrecadação das contribuições dos Obreiros e de outras receitas, bem como pela exata execução das despesas da Loja. Deveis ser pontuais na entrega à nossa Obediência, de todas as taxas que por lei lhes são devidas, pois é o responsável.
CHANCELER.
O Chanceler é também denominado “Guarda dos Selos”, tem como Jóia um “Timbre”, devendo possuir qualidades especiais para o cargo, como de ser assíduo aos trabalhos, criterioso, afável e zeloso, sempre com boa disposição apresentando um ar dos mais amáveis, angariando a simpatia dos demais Irmãos.
Seu Altar está situado ao lado do Altar do Secretário, de quem é separado pela balaustrada, pois se situa no Ocidente entre o Secretário e o 2º Vigilante e de frente para o Altar do Tesoureiro. Este Altar ostenta em um de seus lados o Símbolo do cargo que é o “Timbre da Loja”. Mantém em sua superfície o Livro de Presença dos Obreiros. Representando a Virtude da Fé.
Sua função é muito importante, procedendo ao controle da assiduidade dos Obreiros, indicando o número de Sessões freqüentadas pelos os candidatos a eleições e aos eleitores da Loja, também sela todos os Atos emanados da Oficina que necessitem de Timbre, ao mesmo tempo verificam se todas as assinaturas exigidas se encontram apostas nos documentos Oficiais.
É de competência do Chanceler, entre outras coisas, comunicar ao Venerável a existência de número legal ou sua inexistência, para que seja dado início aos trabalhos. Também deverá saldar aos aniversariantes, embora o Orador também os saldem, ou seja, os Irmãos, Cunhadas e Sobrinhos, cumprindo assim um ato altamente social, tornando mais felizes os homenageados por serem lembrados, fazendo parte integrante da fraternidade que deve existir entre os Obreiros.
MESTRE-DE-CERIMONIAS.
O CARGO DE Mestre-de-cerimônias é um dos mais importantes pela missão que desenvolve no Ritual, sendo responsável pela movimentação dos Obreiros em Loja. Seu sucesso no desempenho de suas funções oferece maior brilhantismo aos trabalhos das Sessões. Este (cargo corresponde a Hércules (Mercúrio)), mensageiro dos deuses Olímpicos, pela sua circulação em Loja, sendo também o mensageiro das Dignidades.
Por ocasião do recebimento da Jóia do seu cargo pela Venerável Mestre, esse lhe transmitiu as seguintes palavras:
Cabe vos lembrar que a Ordem interna desta Loja ocorre sob vossa responsabilidade. Antes da abertura dos trabalhos deveis examinar e providenciar para que tudo esteja pronto para a realização das Cerimônias ritualísticas, cabendo-vos também a recepção dos Irmãos visitantes. Recebei como insígnia de vosso cargo este Bastão que vos é confiado como cetro patriarcal do guia que todos seguem confiantes.
O Mestre-de-Cerimônias tem como função auxiliar ao Irmão 1º Experto na Cerimônia da Loja. Seu distintivo é um Triângulo, uma Régua e dois Bastões cruzados, como estabelece o Ritual da Obediência a que a Loja está jurisdicionada. Sua circulação em Loja será portando um Bastão de cor ébano, na abertura e no fechamento dos trabalhos. Deverá ter como auxiliar um Adjunto, para substituí-lo em seus impedimentos.
O usa deste Bastão acredita-se seja oriundo de costumes grego e tem tido destaque em todas as Cerimônias ritualísticas, vindas através dos tempos, mas anteriormente somente os Reis e os Filósofos espartanos é quem os usavam como símbolo de “Força” ou de “Poder”.
O Mestre- de- Cerimônias porta ainda a Bolsa (saco) de proposta e informações, circulando ritualisticamente nas Sessões Maçônicas, com o propósito de colher, conforme o próprio nome da Bolsa anuncia “propostas e informações” escritas, que sejam de interesse da Loja ou da Ordem Maçônica. Ainda esotericamente colhe as energias fluídicas positivas depositadas pelos Obreiros.
Esta Bolsa estimula os Obreiros a apresentarem sugestões e informações, o que muito pode cooperar para o progresso dos trabalhos, mas no caso de não ter o que ajuda a fluidificação do ambiente. Todavia, a maioria dos Obreiros infelizmente participa deste Ritual, sem alcançar sua elevação espiritual e com isso realiza uma prática apenas mecânica, sem objetivo esotérico.
HOSPITALEIRO.
Desde os tempos remotos, o Irmão Hospitaleiro na Maçonaria Operativa era obrigado a circular fazendo o “Giro” com o Tronco de Beneficência, também chamado de Tronco e Solidariedade, toda vez antes do termino dos trabalhos da Oficina, hábito esse que depois passou para a Maçonaria Especulativa, portanto, um costume milenar, mas atualmente circula com a mesma ritualística da Bolsa de Propostas e Informações.
No giro ritualístico vai de Obreiro a Obreiro, os quais discretamente introduzem a mão direita fechada no interior da Bolsa, para ninguém saber o que vai ser dado ou mesmo se nada vai dar desta forma fica em sigilo, dependendo apenas da própria consciência do Obreiro, evitando assim demonstração de vaidade e promoções pessoais.
Esotericamente, na ocasião em que o Irmão Hospitaleiro se dirige a um Irmão, automaticamente o está despertando para a fraternidade que deve residir no coração de todo Maçom, acordando para o amor ao próximo, pois o óbolo colocado será para o benefício de algum Irmão ou mesmo de um Profano necessitado. É uma ritualística para incentivar a prática da caridade.
O Irmão Hospitaleiro após o “Giro” com o Tronco de Solidariedade dirige se ao Irmão Tesoureiro, o qual confere a arrecadação e anuncia ao Venerável que a tornará pública aos demais Obreiros.
Pela sua delicada função, inclusive de ajuda a enfermos, o cargo de Hospitaleiro é mais adequado que sejam profissionais da área da saúde, podendo em suas completar com os cuidados clínicos e medicinais. Sua Jóia é as miniatura de uma Bolsa ou Sacola, símbolo do “Pedinte”.
Para ser bom executor desta nobre função, o Hospitaleiro tem que dispor de tempo para visitar todos necessitados de ajuda, tanto material, quanto moral e espiritual, devendo também ser apaziguador para lares em discórdia, enfim, ser compreensivo e caridoso, de grande moral, observador.
É uma função que muito se compara a de um Assistente Social, filantrópica, de amor ao próximo, de caridade e fraterno, nunca deixando de levar ao conhecimento da Loja suas atividades externas, apresentando seus resultados positivos ou negativos.
DIACONOS.
Os Diáconos têm como Jóia uma “Pomba” como mensageiros que são. Suas funções são transmitir as ordens das Luzes aos Irmãos, além de terem de cumprir as Cerimônias eventuais da ritualística. O 1º Diácono tem assento próximo e à direita do Trono do Venerável e o liga nas comunicações com o 1º Vigilante para este por sua vez transmiti-las através do 2º Diácono, ao 2º Vigilante, bem como aos demais Obreiros. O 1º Diácono é o transmissor da palavra Sagrada recebida do Venerável, levando-a ao 1º Vigilante, para levá-la ao 2º Vigilante, com a função de transmitir suas ordens ao 2º Vigilante, bem como aos demais Irmãos.
MESTRE-DE-HARMONIA.
A Jóia que distingue este cargo é a miniatura de uma “Lira”, que é um instrumento musical, também adotado como símbolo dos músicos. O Mestre-de-Harmonia tem o poder de embelezar as solenidades, fazendo boas relações de melodias apropriadas a cada celebração. É uma função muito importante na Maçonaria, pois dela depende a realização dos trabalhos, dando vibrações suaves e elevadas, porque a música adequada incentiva à meditação, com atuação psicológica.
É o responsável, em grande parte, pelo sucesso obtido nos trabalhos da Loja, com melodias condizentes que muito enlevam as vibrações por ajudarem a concentração, entretanto, muitos não parecem sentir essa responsabilidade por não terem ciência dos efeitos psicológicos da música no espírito humano, que funcionam até nos animais e nas plantas.
É importante que o Mestre-de-Harmonia, antes da Sessão programe as melodias que deverão ser executadas, nunca as colocando de maneira que divirjam dos sentimentos da solenidade. As melodias não só devem ser escolhidas para as solenidades do Templo, como para os momentos que as antecedem nas várias dependências da Loja.
Não devemos estabelecer confusão com relação aos termos Templo e Loja. O “Templo” é um Santuário onde as Sessões deverão se realizar com as mais altas vibrações espirituais, requerendo o maior respeito e conscientização dos participantes, e a “Loja” é o conjunto formado pelo Templo e demais dependências do Prédio, também o termo Loja pode se referir à própria Sessão, quando o Venerável enunciar: “Em Loja meus Irmãos”.
Por esta diferença, as melodias devem ser compatíveis com o ambiente a que se destinam e com os trabalhos que estiverem se processando, entretanto, o fundo musical deve ser ouvido desde o início, quando na Sala dos Passos Perdidos, com melodias que enlevem o espírito preparando-o para o início da Sessão de mais alta espiritualidade como a do Templo.
No átrio, onde os Obreiros só devem entrar em silencio, paramentados e com suas insígnias, as melodias podem ser de estilo religioso por ser local onde o Maçom faz sua preparação espiritual para os trabalhos, deixando para trás as coisas do mundo profano, fazendo também sua introspecção.
Na entrada ritualística deve o fundo musical ser uma marcha suave para que todos se sintam bem passando a ocupar seus respectivos lugares. É importante na abertura do Livro Sagrado que seja executada uma melodia de câmara ou mesmo religiosa.
Terminados os trabalhos com o fechamento do Livro Sagrado (Livro da Lei), as melodias podem ser mais alegres e finalmente na saída de todos, sob o comando do Mestre-de- Harmonias deve ser outra vez a melodia no ritmo de marcha lenta. Não há necessidade de fundo musical nas Sessões de caráter econômico, onde não são requeridas finas vibrações.
A música tem propriedade de modificar os sentimentos e, conforme for seu gênero, pode animar, estimulando ou também esmorecendo, entristecendo, mexendo com íntimo de cada um. Ela dá vida quando bem dosada e abrilhanta toda e qualquer solenidade, seja religiosa ou profana. Todavia, basta que haja música no recinto, ela tem de ser escolhida e de acordo com o ato em processamento, para que sua finalidade seja alcançada.
COBRIDOR.
A insígnia G Espadas Cruzadas guarda do Templo ou “Cobridor Interno” é uma Jóia com a gravação de Duas Espadas Cruzadas que o Venerável, ao investi-lo no cargo, profere as seguintes palavras:
Estas Espadas cruzadas indicam que só deveis dar ingresso em nosso Templo aqueles que têm direito a tomar parte em nossos trabalhos. Simbolicamente, os ferros, em guardo para o combate, nos ensinam a nos colocar em defesa contra os maus pensamentos e a ordenarmos moralmente as nossas ações.
O Cobridor deverá exigir dos Irmãos que só entrem nos Templos paramentados e, revestidos de suas insígnias. Para cumprimento de suas funções, jamais poderá afastar-se da porta do Templo, em hipótese alguma. Mesmo estando sentado, deverá segurar sua Espada.
1º EXPERTO.
O cargo de 1º Experto deve ser exercido por um Irmão que deve ser dedicado ao trabalho, conhecedor profundo no Ritual para o bom desempenho de suas funções. O nome “Experto” é em virtude de ter de usar de muita argúcia para o “Telhamento”, exame que deve ser procedido nos visitantes não conhecidos, antes sua entrada no Templo na qualidade de Maçom Regular, que necessita de observação para evitar que os não regulares ou os curiosos invadam os Templos.
É o Oficial que realiza os atos efetivos da Loja, sendo o executor das decisões dos oficiais que compõem as Três Luzes, cabendo-lhe cuidar de preparar os Profanos para a iniciação, conduzindo-os e instruindo-os para as “viagens” das provas que deverão passar; deve ficar atento, não permitindo que Irmãos façam “chacotas” com os candidatos, por ser a Iniciação um ato de relevante valor moral e espiritual, merecendo o maior respeito.
Este cargo tomou esta denominação de “Irmão Experto”, no Rito Moderno, mas nas Lojas Francesas no Século XVII, tinha a denominação de “Irmão Terrível” e, em 1805, recebeu a denominação de “Primeiro Experto”.
É o substituto do 1º e, do 2º Vigilantes nos seus eventuais impedimentos e ausências. Tem ainda a prerrogativa de substituir qualquer outro Oficial que não tenha Adjunto. ÉW também sua incumbência nas eleições distribuir as bolas ou cédulas de votos, bem como de recolhê-las e de acompanhar sua apuração.
Sua Jóia é um “Punhal”, o qual, segundo o Escritor Frau Abrines “é o emblema do castigo que merecem os perjuros e do remorso que deve despedaçar-lhe o coração”, isto porque o Punhal é uma arma ofensiva. Entretanto, os Maçons o usam como símbolo de luta que todos os Irmãos devem travar em defesa da liberdade de pensamentos.
Por derradeiro, vale lembrar que o Irmão Experto cabe servir de apaziguador de qualquer desencontro entre o Venerável e os Vigilantes, reprovar até mesmo o Venerável, em hora que não tenha a presença de Aprendizes e/ou Companheiros.
COBRIDOR EXTERNO.
Tem essa denominação vinda da Maçonaria Operativa, quando a construção de um Edifício não atingia a cobertura pelas telhas, passando para a Maçonaria Especulativa, onde o recinto dos trabalhos era “coberto” pelo Cobridor do Templo, para evitar somente a entrada de curiosos ou outros Profanos com segundas intenções ou mesmo de Maçons irregulares, cuja penetração indesejável é denominada de “Goteira”.
Outrora na Maçonaria Operativa, os Obreiros se reúnem em locais de faces acesso a estranhos e por isso necessário se fazia a montada de uma guarda, a exe3mplo dos “Querubins” que guarneciam as portas do “Paraíso”.
No caso de haver Cobridor Externo, o Telhamento de visitantes, os exames de Sinais, Toques e Palavras, poderá ser executado pelo Irmão “1º Experto ou o Irmão “Mestre –de- Cerimônias”.
Atualmente esse cargo não é mais necessário, em virtude de as Lojas serem instaladas em prédios com toda a segurança que impedem, por si só, a entrada de curiosos e impostores.
MESTRE-DE- BANQUETES.
Este cargo não é oriundo da Maçonaria Operativa, procede da Maçonaria Especulativa. Suas funções são as mais agradáveis, cuidando dos preparativos dos Banquetes, providenciando para que nada falte e que tudo transcorra na melhor ordem possível.
A Jóia deste cargo é uma “Taça” ou uma “Cornucópia” (do latim cornucópia) = (vaso coniforme que se apresenta cheio de flores e frutos), estes dois símbolos são de saudação e alegria.
A função de Mestre-de-Banquetes muito colabora para a confraternização dos Irmãos, através da promoção de eventos festivos, proporcionando animação, alegrias, momentos agradáveis e felizes, aproximando as famílias dos Maçons, intensificando as amizades já existentes, fazendo fluírem outras novas.
De todos os eventos festivos, os que mais têm obrigação de realizar são os de comemoração pela Iniciação de Aprendizes e os tradicionais da Maçonaria: o de Solstício de Verão ou de São João Evangelista, o qual deverá também ser realizado no dia 27 de dezembro, pois é o Patrono dos Graus Filosóficos.
As demais festas, sem datas previamente marcadas, são a critério de cada Loja, como de aniversários, Bodas, datas patrióticas ou mesmo de uma simples confraternização. Em todos esses casos, a responsabilidade do sucesso cabe inteiramente ao Irmão Mestre-de- Banquetes.
PORTA-BANDEIRA.
De acordo com o Parágrafo único do Art. 30 da Lei nº 5.700 de primeiro de setembro de 1971, o qual estabelece a forma de apresentação dos símbolos Nacionais, o Grande Oriente do Brasil regulamentou, com instruções normativas, o uso e culto do Pavilhão Nacional.
Nessas condições, o Grande Oriente do Brasil determinou q ue todas as Lojas mantenham o Pavilhão Nacional e que o Porta-Bandeira nas solenidades deverá erguê-lo e os demais Irmãos presentes entoar o Hino Nacional quando no inicio dos trabalhos e no encerramento, ser entoado o Hino a, dando à Oficina um cunho patriótico.
O Irmão Porta-Bandeira, ao ser empossado em seu cargo, recebe a Jóia que o distinguirá, que é uma miniatura do Pavilhão Nacional, e nele nada tem de maçônico, apenas segue os costumes enaltecedores usados pelo mundo profano.
A Maçonaria brasileira vem de longa data cultuando o Pavilhão Nacional, mas o seu uso passou a ser obrigatório nas Lojas do Brasil, pelo que determina o Decreto número 625 de 17 de julho de 1920, o qual foi regulamentado pelo Grande Oriente do Brasil.
PORTA-ESPADA.
Seu assento em Loja é no Oriente ao lado esquerdo, oposto ao do Irmão 1º Diácono, deixando assim em pouquíssimas oportunidades o seu assento para ir ajudar ao Venerável.
Este cargo não tem quase atividade nos trabalhos de uma Oficina, só sendo ativados em ocasiões especiais, como nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação. Como auxiliar do Venerável, apenas carrega a Espada Flamejante sobre uma almofada, sem, contudo, poder ou ter direito de tocá-la ou pegá-la.
PORTA-ESTANDARTE.
O Estandarte ou vexilo sempre foi muito usado em instituição de vários gêneros, como esportivo, religioso, filosófico ou até militar. Embora faça parte integrante da tradição maçônica, ele nada tem que o ligue à ritualística maçônica.
Não obstante, tem grande significado para a Loja, indicando sua personalidade jurídica e o seu condutor o transporta orgulhoso e alternadamente, segurando o Bastão ao qual ele se acha preso em um de seus lados, geralmente em sua parte superior.
Porta – Estandarte,
O Porta Estandarte, ao ser empossado recebe a Jóia representativa do seu cargo, que é uma miniatura de um Estandarte, a qual deverá ficar presa na ponta do colar.
O assento do Irmão Porta-Estandarte é na balaustrada do Oriente em sua cadeira à frente do Irmão Secretário, e a direita de quem entra no Templo. Ele é uma figura que destaca a presença da Loja no meio da multidão, por isso deve se apresentar com o maior garbo possível, para ser digno de elogios.
BIBLIOTECÁRIO
Embora não sendo uma função maçônica, o Bibliotecario0 é considerado o Zelador da Fonte da Sabedoria. É um cargo que o ocupa um bom conhecimento de cultura geral, por ter de discernir sobre assuntos de todos os gêneros. É um serviço que muito auxilia o desenvolvimento intelectual dos Irmãos, cooperando para o progresso cultural e moral dos Maçons.
É um trabalho que requer muita dedicação, começando pelos registros em livros próprio dos volumes que entram e saem a título de empréstimos, catalogando os livros por assuntos, mantendo a boa conservação evitando sua deterioração por poeira, mofo ou insetos.
Compete ao Bibliotecário divulgar em Loja os livros que estejam sob sua guarda e cuidados concitando aos Irmãos a consultá-los para adquirirem novos conhecimentos. Deve propor e dirigir campanhas para a aquisição, até mesmo por doações de novos exemplares, no sentido de fazer crescer o número de unidades, num afã de sempre melhorar e ampliar a Biblioteca.
Deve ter conhecimento de onde se encontram os exemplares procurados pelos interessados, bem como a localização dos assuntos; para isso, deverá manter em dia um ficharo indicador de todo acervo constante da Biblioteca.
O Bibliotecário deve propor melhorias para o serviço e para o bom desempenho de suas funções, apresentando sugestões que deverão ser instruídas com justificativas. Balancear o movimento da Biblioteca, pelo menos de seis em seis meses, para que seja ajuizado o interesse que está despertando entre os Irmãos.
OBSERVAÇÕES FINAIS.
Outros cargos poderão ser criados pela Veneravel Mestre da Loja, tantos quantos forem necessários ao bom desempenho dos trabalhos, como também poderão ser extintos por ele, os já existentes, desde que não sejam os pertencentes às Luzes e demais Dignidades e Oficiais.
ACLAMAÇÕES NOS RITOS PARATICADOS
ACLAQMAÇÕES NOS RITOS PRATICADOS NO BRASIL:
HUZZÉ... HUZZÉ... HUZZÉ NO RITO ESCOCÊS
GLÓRIA... GLÒRIA... GLÓRIA NO RITO BRASILEIRO
LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE NO RITO FRANCÊS OU MODERNO.
ENQUANTO QUE NO RITO DE EMULAÇÃO QUE É CONHECIDO COMO DE YORK NO BRASIL, SÓ EXISTE ACLAMAÇÃO NAS SESSÕES DE
BANQUETES.
É uma aclamação praticada no início e no final dos trabalhos maçônicos; considera-se parte “sigilosa” pelas suas místicas e pelos seus resultados.
Esta aclamação é exercitada com plena força pulmonar e como se obedecesse a uma batuta, num mesmo tempo, em uníssono. Mas qual é o significado ritualístico desta aclamação?
Fisiologicamente serve para expulsar as angústias, pressões e quaisquer outros desconfortos que o Maçom possa estar retendo, propiciando-lhe com isto grande alívio para a realização das suas atividades laborais.
Numa Sessão tumultuada, basta que o Venerável Mestre interrompa a discussão e ordene a aclamação para que os ânimos voltem a ficar serenados, pois o som que produz desperta energias ocultas, tratando-se de um bem que a todos atinge. Por ser uma prática mística, o Maçom a usa tão-somente dentro da Loja.
No entanto, o Irmão já experimentou usar essa exclamação, no recinto do seu lar, quando por alguma depressão, ou algum indício de conflito? Faça experiência e descobrirá uma nova faceta desta benesse maçônica. Da mesma forma pode ser usada a Bateria e – porque não o “sinal de socorro”.
A Maçonaria propicia aos seus adeptos um sem número de benefícios que, por ignorância, falta de Fé e sabedoria, o Maçom não descobre. A aclamação HUZZÉ pode significar Viva Hurra e mesmo e meso equiparar-se ao vocábulo hindu “AUM” Pelo qual se designa a Divindade.
No Rito Francês ou Moderno é usada, como frisei acima, Liberdade!, Igualdade! e Fraternidade! Ao invés de HUZZÉ. As antigas Lojas Escocesas usavam “HUZZA” (Viva o Soberano, o rei) e no Escocês Antigo e Aceito usa-se “HUZZÉ, HUZZÈ, HUZZÈ”, como vimos, no início e no final dos trabalhos maçônicos, para que de posse das nossas plenas energias possamos ter grande alívio interior para um bom desempenho de nossos trabalhos em Loja.
ESTUDO SOBRE A ABERTURA DO LIVRO
DA LEI NO GRAU DE APRENDIZ.
Neste Grau o Livro da Lei é aberto no Salmo 133, que versa sobre a Fraternidade Universal. Dá-se o nome de Salmo aos cânticos simultaneamente religiosos e políticos dos Israelitas.
Ezequiel e seus discípulos foram os responsáveis principais pela fixação por escrito das tradições israelitas durante a estada na Babilônia e depois intensificas pelas várias gerações de escribas após a restauração de Israel. Assim sendo, foram se formando várias coleções de Livros de Salmos. O nome hebraico do livro é “Tehillim” que significa Cântico de Louvor.
A autoria do Livro de Salmos é na sua maioria atribuída a Davi, alguns, porém são atribuídos pelo próprio texto literário a Azaph, a Moisés, e existem outros que são outros que são simplesmente anônimos.
O conjunto de Salmos que vão de 120 a 134, no total de 15, são chamados de Salmos graduais, cânticos de subida ou ramagem. Estes grupos de Salmos se dividiram em subgrupos, cada um deles com três Salmos.
Os dois primeiros grupos de 120 a 125 tratam da fonte e do princípio da adoração, isto é, pressão externa sobre a alma piedosa, expectativa confiante na intervenção de Deus e na percepção da tremenda estabilidade, poder e justiça que existe nele; o pensamento é igualmente focalizado na seleção de Sião como o eixo em torno do qual giram os propósitos do Senhor com os homens.
O terceiro grupo de 125 a 128 tem mais em comum com a literatura de sabedoria. O ponto de vista é muito mais geral externo e filosófico que em qualquer dos outros doze cânticos; não é feita menção sobre a misericórdia Divina, nem sobre a oração e os cultos no santuário, nem sobre a casa de Davi. A ênfase sobre a vida do lar e em família é peculiar a esse terceiro grupo. O quarto grupo de 129 a 131 é intensamente pessoal e devocional, mas não existe explosão íntima de Fé e alegrias, como nos primeiros dois grupos. O tema é a disciplina na paciência.
O quinto e último grupo que vai de 132 a 124, é o grupo denominado pelos conceitos de seleção Divina concerto, comunidade e santuário. Há um senso bem real sobre a herança do passado histórico. É neste grupo que está incluído o Salmo 133 que é o Salmo da Fraternidade, o qual abre os trabalhos do Grau de Aprendiz estando assim enunciado:
“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união. É como o óleo precioso derramado na cabeça, que desce sobre barba de Aarão, e que desce à orla de suas vestes. É como o orvalho de Hermon, que desce sobre o monte Sião porque ali o Senhor derrama a Sua bênção e a vida para sempre.
OS SIGNIFICADOS DAS PALAVRAS
DOS MESTRES DOS MESTRES
NO CERNE DOS SALMOS QUE TANTO
UTILIZAMOS EM NOSSOS TRABALHOS.
Oh! “Quão bom e quão suave é que os irmãos habitem em união...” Este poema enfoca a simpatia comunal e a gentileza fraternal.
É usualmente assumido que a habitação conjunta, aqui falada, se refere à união do povo nas primeiras festividades. A união era muito desejável entre os colonos que haviam voltado para as circunvizinhanças de Jerusalém.
Existe um ponto de vista alternativo de que o Salmo talvez tenha sido escrito para encorajar os exilados retornados, a se estabelecerem em Jerusalém. Além disso, a unidade de um sangue e de uma tradição comuns precisava ser reforçada e aumentada por meio de amizade e íntima proximidade. E esse sentimento de amizade e união tornava os mesmos verdadeiros Irmãos.
Durante o sofrimento no cativeiro e depois na alegria e, na liberdade, esta união foi o que fortaleceu o espírito de Fé para a vitória. “É como Óleo precioso derramado na cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e que desce à orla de suas vestes.
A ênfase do Salmista recai sobre as vantagens de u estabelecimento íntimo e compacto. Ele ilustra isso com o óleo especial de consagração que, no caso do Sumo Sacerdote, foi derramado na sua cabeça e se espalhava por toda sua pessoa, até as fímbrias de suas vestes. Em outras palavras, a unidade é uma coisa rara e abençoada, e em especial quando sua influência se espalha pela sociedade. O óleo era valioso produto da terra e seu uso era variado.
Dizia-se que as palavras de um homem eram mais suaves do que o óleo, e o nome do amado é comparado ao óleo precioso. O óleo como condimento era uma parte importante na alimentação, e fazia o rosto reluzir.
Era medicinal e empregado na função de feridas, sendo usado como ungüento refrescante, especialmente depois do banho. O emprego do ungüento era sinal de alegria e de elegância nas festas e era omitido durante o jejum e o luto. Era a base da mistura de perfumes tais como a mirra e o nardo. Sendo também ungüento cerimonial.
Estas unções eram somente em pessoas escolhidas por Deus para exercer a função de rei, profeta e sacerdote. Aarão, por sua iniciação, quando recebe literalmente um banho de óleo e sangue de Cordeiro, como pode ser observado em Êxodo 29:20-21.
Os hebreus tinham profunda consideração pela barba, atributo do homem que, com ela, mostrava sua dignidade. Não era necessário somente ter a barba e por ela ter zelo, pois se descuidar dela era sinal de excentricidade, doença mental ou luto. Mandar raspar ou arrancar-la era gesto fortemente vergonhoso, assim como era proibido cortar sua extremidade.
Deste modo, observamos que o óleo foi derramado sobre a consciência de Aarão. Desceu sobre a sua Dignidade e ao deslizar pelos ombros, o óleo atingiu as duas pedras de ônix que traziam o nome das tribos de Israel, preservando assim imagem de unidade.
“É como o orvalho de Hermon, que desce sobre o monte de Sião; porque ali o Senhor derrama a sua bênção, a vida para sempre... Hermon é a montanha onde termina a cordilheira do Antilibano, que é nua, quase desabitada, rochosa; é a pedra bruta onde começa o trabalho do Aprendiz.
O Hermon eleva-se a uma altitude de 3.000 metros e tem três picos. Seu cume está permanentemente coberto de neve. Sendo um dos mananciais do Jordão.
Na tradição, o monte de Sião foi o, limite Norte das conquistas dos hebreus sob a direção de Moisés e Josué e o limite norte do território de Manasses, que por sua vez é o limite do Aprendiz.
O Salmo compara o óleo que ungiu Aarão ao orvalho refrescante, pesado como o do Hermon, que também caía sobre o Sião e que é tão importante nas regiões como a Palestina, onde a precipitação de chuva, sozinha, é geralmente insuficiente para a produção de boas colheitas.
A bênção é concedida como comunicação da vida, renovada e contínua. Com a vida vêm o vigor, a força e o êxito que trazem a PAZ da mente e a Paz com o Mundo.
PARA CLAREAR MAIS UM POUCO A NOSSA MENTE
CONVÉM TERCER
UM PEQUENO COMENTÁRIO
PERTINENTE A ABERTURA NO GRAU DE COMPANHEIRO.
Neste Grau o Livro da Lei é aberto no trecho de Amós, 7:7-8 que versa sobre o Fio de Prumo. O Livro de Amós reflete um período de paz e prosperidade sob o cetro de Joroboão II. Este livro é o terceiro dos dozes profetas da Bíblia hebraica e latina; o segundo da Grega, sendo também o mais antigo dos livros proféticos. Apresenta três grandes partes:
1º) O Julgamento dos poucos;
2º) Os discursos;
3º) As visões.
Nas quais está incluído o Fio de Prumo para a destruição (3ª visão).
Podemos dizer que Amós é o profeta da autenticidade. Toda a sua pregação é um apelo enérgico aos valores verdadeiros, ao culto sincero, à prática efetiva da justiça, à procura genuína de lahweh (Jeová) e do bem. Amós prega, a ruína, à morte, o fim de um povo; mas ele ama a vida, deseja a plena vitalidade de seu povo, Amós é o profeta da Justiça. É o seguinte o trecho sobre o Fio de Prumo, o qual abre os trabalhos os trabalhos no Grau 2.
Isto me mostrou Ele; eis que estava Jeová junto a um muro, feito a Prumo. Jeová disse-me: que vês tu Amós? Eu respondi: um Prumo. Então disse Jeová: Eis que porei um Prumo no meio de meu povo de Israel, e não tornarei a passar por ele.
Neste trecho de Amós, observamos dois momentos: o primeiro quando o segundo ouve. Ambos versam sobre calamidade na espera da religião e da política. O tecido inteiro da nação estava tão apodrecido que o colapso final era inevitável.
O próprio Deus colocara o Prumo. Israel fora medido, fora pesado, e fora achado em falta. Tão convencido estava o profeta da inevitabilidade do julgamento, que nem ao menos pôde orar pedindo um andamento.
Os lugares sagrados da Palestina, geralmente usados por Israel para uma mistura entre os ritos pagãs originais com adoração a Deus, tornar-se-iam desolados; assim também sucederia aos santuários oficiais em Betel, Gilgal, etc. Os pilares, que sustentavam o edifício religioso de Israel, foram encontrados totalmente tortos pela linha de medir de Deus e a tempestades do julgamento haveria de derrubar a todos por terra.
O mesmo se aplicava à estrutura política; estava irreparavelmente torta e instável e inevitavelmente cairia, no dia em que Deus se levantasse contra a casa de Joroboão. O Fio de Prumo é representado fixado no centro de um arco de abóbada.
É Símbolo da Coluna do Sul e, segundo e, segundo nos esclarece o Pesquisador maçônico Ragon, significa que devemos possuir e retidão de julgamento que nenhuma ligação de interesse ou de parentesco seja capaz de perturbar; Acrescenta o Pesquisador retro mencionado que o 2º Vigilante contrasta com o 1º Vigilante pela sua doçura.
Ele compreende tudo e sabe desculpar o que é desculpável, constrangido a desculpar um erra. O iniciante dirige-se a ele com confiança, adivinhando que qualquer erro pode ser reparado sob a égide da perpendicular ou Fio de Prumo.
Este instrumento determina a vertical que incita o espírito a descer e a subir. Aprofundando, descobrindo nossos desfeitos e nos elevamos acima da plenitude geral, desculpando os defeitos alheios. O Fio de Prumo dá a direção do centro da terra; é o símbolo da profundidade do conhecimento e de sua retidão;